Cássio Cunha Lima seria o sucessor de Ricardo Coutinho em 2018 se não tivesse se apressado e, aconselhado por espíritos de porcos, decidido enfrentar o então governador em 2014.
Mas botaram na cabeça dele que a eleição seria uma barbada.
Ricardo fazia um bom Governo, mas não tinha maioria na Assembléia, estava praticamente sozinho. Bastava um empurrão e ele cairia.
E muita gente acreditou nisso.
Quando Cássio oficializou a candidatura, os aliados de Ricardo correram para os seus braços.
Ficaram uns gatos pingados na Assembléia.
Até o vice-governador Romulo Gouveia aderiu.
Lembro que Ricardo teve dificuldades tremendas para encontrar um candidato a vice.
Convidou Daniela, recebeu um não.
Convidou outros, que igualmente fugiram da raia.
Até que apareceu Lígia Feliciano e os dois foram para a luta.
Cássio, por seu turno, estufava o peito.
Chegou a esnobar o amigo Cícero Lucena, candidato natural à reeleição para o Senado.
Trocou-o por Wilson Santiago, seu antigo algoz.
Quatro anos antes Cássio se elegeu senador com Ricardo, mas não tomou posse.
Havia um pendenga na justiça e por isso o empossado foi Santiago.
Que lutou com unhas e dentes para se manter senador.
Pois Cássio chutou Cícero e escalou Santiago na chapa.
Achando pouco, levou para os debates, somente para impressionar, antigos auxiliares de Ricardo, tornados desafetos, como que dizendo que ninguém queria o mago, nem seus velhos amigos o aguentavam.
Veio o primeiro turno e Cássio não levou, como pensava.
Ganhou por apertada margem.
E no segundo Ricardo botou mais de 100 mil votos de maioria.
Fez barba, cabelo e bigode.
E tirou, pela primeira vez, as penas do chamado Galo de Campina.
1 Comentário
Essa eleição de governador foi igual a de prefeito que Ricardo Coutinho disputou com Rui Carneiro,ninguém acreditava na Vitória do MAGO João Pessoa vestiu de azul e branco,Rui trouxe chiclete com banana pra mangabeira tinha mais 70 mil pessoas atrás do trio,o final todos sabemos.