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Bem que minha vó dizia: “Meu fio, o sujo não pode falar do mal lavado!”

22 de maio de 2019

Conta a lenda que um amigo chegou para o outro e perguntou:

-Se você me pegasse comendo a sua mulher, faria o que?

– Nada.

– Me mataria?

– Não.

– Bateria em mim?

– Não.

-E como a gente ficaria?

– Quites.

Pois é, o sujo não pode falar do mal lavado e quem tem rabo preso, não aponta o rabo do vizinho.

Nos últimos dias, adversários de Ricardo Coutinho fizeram a maior festa porque o Gaeco prendeu uma ex-secretária do Governo do Estado e fez busca e apreensão na casa de outros dois.

Entre os que mais festejaram, destacaram-se, pela ordem, o ex-vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldinho Cunha Lima, e o deputado Tovar Correia Lima.

Hoje os dois amanheceram murchos, não fizeram festa, não cantaram de galo.

E sabem por que?

Porque o alvo de hoje foi o tio do primeiro e sogro do segundo, o conselheiro Fernando Catão, alvo de uma operação da PF que investiga corrupção passiva no caso do Shopping de Cabedelo.

As buscas foram feitas na casa do Conselheiro e no gabinete dele no TCE.

Vamos relembrar o que motivou essa ação da PF?

Então, acunhemos:

Investigação

Um relatório elaborado pela Polícia Federal, no bojo da operação Xeque-Mate, mostrou uma grande articulação do empresário Roberto Santiago para tentar inviabilizar a construção do Shopping Parque Intermares, em Cabedelo. Os “achados” durante a investigação mostraram sucessivas tentativas de influenciar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) no julgamento de um pedido de embargo da obra, feito pela Associação de Proteção Ambiental (Apam). A pressão ocorreu, principalmente, sobre o conselheiro Fernando Catão. Conversas extraídas de um aparelho celular pertencente a Santiago mostraram que, nos dias que antecederam a apreciação de uma medida cautelar, relatada por Catão, houve trocas de mensagens entre ele e o empresário. Tudo ocorreu em 2015.

A troca de mensagens começou no dia 21 de abril. A partir daquela data, durante vários dias, o empresário buscou oportunidade para conversar com o conselheiro. O diálogo, pelo que dá para entender das mensagens, ocorreu pessoalmente apenas no dia 23. Três dias depois, em um domingo, Santiago pergunta para Catão se ele já sabe se vai ser do jeito fácil”. A resposta de Catão confunde Roberto, pois inicialmente diz “SIM” e logo depois “NÃO”. Em seguida, em resposta à insistência de Roberto, ele responde: “Vai ser da maneira fácil, né?” Catão diz ainda que o Bruno, provavelmente o filho dele (Bruno Nepomuceno Catão), vai procurar o empresário.

No dia seguinte, em novo questionamento de Santiago, Catão responde que o resultado sai naquele dia. Apesar disso, apenas no dia seguinte a tão desejada medida cautelar suspendendo a construção do shopping foi emitida pelo conselheiro. Na época, houve vários questionamentos de juristas e jornalistas sobre a coerência da decisão, afinal, a obra embargada era de uma empresa privada e não pública. O conselheiro, no entanto, explicou na decisão que a cautelar seguia o parecer do Ministério Público de contas e contestava a licença concedida pela Sudema. Roberto Santiago se mostrou grato pela decisão.

Depois de aprovada a cautelar e da polêmica gerada, teve início uma pressão grande do empresário sobre pessoas próximas a Catão. Entre eles, são citados o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), sobrinho do conselheiro, o filho Bruno, o advogado Harrison Targino e o conselheiro Nominando Diniz.

No dia 8 de julho, após publicação de novo parecer do Ministério Público de Contas, recomendando a rejeição da cautelar, Roberto Santiago lamenta o fato em conversa com Harrison Targino.

As conversas mostram ainda contrariedade de Roberto Santiago na busca por apoio de Fernando Catão. Havia o pedido para que ele adiasse o julgamento da cautelar, para dar tempo a participação de Nominando Diniz. Pessoas próximas, no entanto, alegam que ele foi irredutível em relação à pauta de votação. Ele tenta, de várias formas, influenciar Cássio a convencer Catão a adiar o julgamento. Consegue do senador a promessa de tentativa de resolver, mas admite que não obteria sucesso na tentativa de manter a interdição da obra.

A corte, seguindo o novo entendimento do Ministério Público de Contas, liberou a execução da obra. As informações são do blog do Suetoni Souto Maior.

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4 Comentários

  • Reply willian augusto 22 de maio de 2019 at 09:39

    vou aguardar o sr. NILVAN LAMBE LAMBE , para se pronunciar sobre este CASO, deverá chamar CATÃO para uma entrevista URGENTE, para esclarecer todos esses fatos do dia de hoje, e o sitema CORREIO dar uma boa ATENÇÃO.

  • Reply Mário Ximenes 22 de maio de 2019 at 10:09

    Oxente se ele foi pressionado e não cedeu, decidiu contra o empresário… onde está o crime?

  • Reply Mário Ximenes 22 de maio de 2019 at 10:11

    Pelo menos eh o que ta aí nas conversas que vc botou na reportagem …..

  • Reply Coitado laaaaaá de trás 22 de maio de 2019 at 10:55

    KKKKKKKKKKKKKKKK, O tempo sempre foi e será o SENHOR das VERDADES!

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