Bruno Pereira foi inocentado. O Ministério Público Federal descobriu, com atraso, convém dizer, que o rapaz não tem culpa.
A descoberta, porém, não tem o condão de desmanchar o mal que já foi feito.
O rapaz perdeu a paz, a reputação e o emprego.
Está aí a prova de que não é certo esse método empregado por Ministério Público e Polícia Federal, de atirar primeiro e investigar depois.
Bruno foi acusado de participar de uma Orcrim. Os investigadores da Operação Recidiva chegaram a pedir a sua prisão.
O rapaz teria uma participação criminosa ao lado do prefeito de Ibiara, sua terra.
A acusação lhe trouxe dissabores. Mais que isso, acabou com a sua vida.
O jovem e promissor radialista foi imediatamente afastado do programa que apresentava ao lado de Samuka Duarte. Deram-lhe férias. E ontem deram-lhe o bilhete azul.
E agora?
Como consertar o erro, raparar o estrago, devolver ao injustamente acusado o que tão injustamente lhe tiraram?
A sociedade precisa acordar para essa inquisição que se instalou no sistema policial brasileiro.
Todo mundo é inocente até prova em contrário.
Isso, pelo menos, é o que diz a lei.
2 Comentários
[…] Veja aqui artigo de Tião Lucena na íntegra. […]
Essa esquizofrenia que se instalou nas hostes da acusação que no afã de mostrar “rapidez” e de “eficiência” tem e vai causar inúmeros desrespeito aos mais primordiais Direitos Humanos. No Brasil atualmente com essas atitudes não se faz mais justiça mais sim justicamentos.