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Operação Bleeder, um serviço bem feito e discreto da PF, CGU e MPF

19 de novembro de 2021

Polícia Federal, CGU e Ministério Público Federal desencandearam uma operação chamada Bleeder, para apurar desvio de dinheiro enviado aos Estados pelo Governo Federal para construção de barragens .

Informações dão conta de que ´policiais federais cumpriram 34 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal, nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos, Paulista, Pombal, todas na Paraíba e em Juazeiro do Norte/CE.

Os fatos investigados dizem que, em todas as obras, empresas de fachada venciam as licitações fraudadas e, por meio do pagamento de suborno a agentes públicos, executavam construção de açudes que continham grandes percentuais de desvios de recursos públicos. A organização criminosa desempenhava, concomitantemente, as funções de construtores e fiscais das obras, possibilitando o desvio do erário.

A partir dessas informações, foram realizadas fiscalizações e levantamentos de dados envolvendo execuções de obras de açudes e barragens em municípios da Paraíba, sendo detectados, dentre outras irregularidades, indícios de fraudes licitatórias, direcionamentos de contratos, contratações de empresas sem capacidade operacional, execução de obras de má qualidade, existência de sobrepreço e superfaturamento.

O que chama a atenção nessa operação da PF, CGU e MPF é a discrição. Apesar de conhecidas as cidades onde ela se realizou, não aparece nome de nenhum suposto corrupto. Ninguem diz que fulano botou a mão na bufunfa, ficou com o que não era dele, escondeu o dinheiro numa botija de quintal ou fez a famosa lavagem, que não é estomacal, tampouco intestinal, mas de dinheiro, papel moeda, grana, tutu e bufunfa.

E estão certos os responsáveis pelas investigações.

A lei diz que ninguém pode ser considerado culpado enquanto o processo não transitar em julgado com sentença condenatória definitiva.

Apontar um investigado à execração pública lhe causa um prejuízo de impossível reparação. Mesmo que inocentado no final, o estrago estará feito.

Fica a dica.

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6 Comentários

  • Reply Standislau 19 de novembro de 2021 at 12:11

    Teve gente em Pedra Branca que se cagou todo!

  • Reply Ivana 19 de novembro de 2021 at 14:15

    Foram sim, divulgados nomes como sempre fazem. O blog Clickpb, salvo engano, estampou os nomes das pessoas supostamente envolvidas. Tem diferença não.

    • Reply Sebastião 19 de novembro de 2021 at 17:24

      Até você ficou em dúvida com um “salvo engano”

  • Reply José 19 de novembro de 2021 at 18:11

    Até agora só li sobre um servidor do Ministério do Desenvolvimento Regional, que foi afastado do cargo. Se os suspeitos fossem Lula ou Ricardo Coutinho, os nomes certamente estariam estampados em todos os portais de notícias e blogs.

    • Reply João Frazão 21 de novembro de 2021 at 14:23

      Será que não foi, justamente, por isso que não apareceram os nomes?!…

  • Reply luiz 20 de novembro de 2021 at 12:43

    Faltou dizer com quem os convênios foram celebrados – estado ou municípios – e o nome do deputado(s) que agenciaram cada dinheiro. São estes – ditos deputados – que batem o escanteio e correm para cabecear a bola na área. Mais das vezes os prefeitos aparecem apenas nas fotos das “inaugurações”.

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