Virgulino e seus “blue caps” escorregaram no tomate

A Procuradoria Jurídica da Assembléia Legislativa da Paraíba emitiu parecer pelo arquivamento da CPI proposta pela oposição, que pedia o impeachment do governador e da vice-governadora, com base em duas falhas contidas na denúncia: falta de provas contra os denunciados e, pasmem, o não reconhecimento das firmas dos subscritores da proposta.

Quanto a falta de provas, isso não é novidade. Ao derredor da Operação Calvário existe muita denúncia e nenhuma prova. A acusação se baseia quase que exclusivamente nas delações de Livânia Farias e do seu lugar tenente, sem mais nada a consubstanciar o processo em termos de convencimento ao magistrado que vai pronunciar a sentença.

Mas esse negócio da falta de reconhecimento de firma nas assinaturas dos deputados que pediram a CPI , se não é uma infantilidade de quem não atinou para esse detalhe, é uma demonstração de analfabetismo jurídico nunca vista na história política, jurídica, administrativa e outros quitais do nosso estimado Estado.

Lembrando que o proponente é um bacharel em Direito, Delegado de carreira, profundo entendedor do Direito Penal e tido e havido como o papa no assunto. Sem contar que na lista dos 11 há profissionais do Direito, a exemplo da advogada Camila Toscano e do expert em regimento interno da Casa de Epitácio, João Bosco Carneiro Júnior.

Diante do parecer, o presidente Adriano Galdino, em curto despacho, mandou arquivar a CPI.

E calou a boca do deputado Damião Feliciano, que há poucos dias foi aos veículos de comunicação denunciar um golpe que estaria em curso na Assembléia, sob o comando de Galdino e deputados, contra o governador e a vice.